segunda-feira, novembro 30, 2015
os corredores habitados
um gole de vinho
dois gomos de laranja
e um trago de água enfeitada...
depois, a solicita tua lembrança
num verde claro dos teus cabelos
e um adágio de beijos e de canções
atrás dos meus olhos
que outros olhos alcançam
dois goles de vinho
três gomos de laranja...
- arquipélago de sabores silvestres
fósforos ardendo nos vegetais
de um tempo em forma de trança
correndo no corpo sobre temporais
dois goles de vinho
dois gomos de laranja...
artérias de olhos buscando
grinaldas de sons na água
de aqueles eternos sinais
três goles de vinho
sete ondas de água
- sílfidos bulícios
em soltos vendavais
velo de laranja
teu anel de sobressaltos
bandeja dos gestos plurais
um gole de vinho
dois gomos de laranja
e um trago de água enfeitada...
depois, a solicita lembrança
de um verde claro do verbo
de um adágio na contra-dança
em seus sulcos corporais
um gole de vinho
dois gomos de laranja...
quarta-feira, novembro 25, 2015
Anos 10
Paisagem com Humano
Bocados de objectos em madeira, verga, feltro, cortiça, tela e pintura a óleo
constituído por 28 quadros
constituído por 28 quadros
Quadro nº 28/XXVIII
Tela,madeira tinta a óleo
33x27
sábado, novembro 21, 2015
os corredores habitados
flores de absinto
tenebroso afinco
onde jaz cruel amor
e onde amando ainda me sinto
pérolas de sangue
se evolando resistem
aos túmulos que se esgotam
abrindo
generoso deslizar de venenos
- liberta-me sismo de enganos
por dentro das opressões
onde se abrem flores de absinto
quinta-feira, novembro 19, 2015
os corredores habitados
Elísios Campos
rosa púrpura
onde andas?
teus braços nadam
nas onduladas águas...
onde andas?
que ruas pisaste
nas orlas dos jardins?
que nuvem se elevou
de onde deixaste aquela saudade
de manto que se afundou?
rosa púrpura
de claro som
- de onde vem aquele roxo
das águas de cetim?
- de todas as fontes
que os campos alagam
em perfumes de desdéns
queixas e motins?
de aventais esvoaçando
ombros tensos
ao canto de mim?
de ti rosa perpétua de altos gritos
que escondes teu rosto de serenos perfis
respiro teu hálito em encontros infinitos
neste tempo de abobadas cruéis e pueris
de onde vens
rosa púrpura,
- pelos Elísios Campos
com sandálias de cristal e botequins?
domingo, novembro 15, 2015
os corredores habitados
"Paris já está a arder?"
no rebordo da pele
navegam soltos navios
em direcção ao mar
um longo caminho de pétalas pelos braços
um purpúreo sol pelos ombros
um cântico de aves pelos dedos
sobejamente sei
que todos se encostaram
ao cais dos meus ecos
sobressaltados pelos pântanos que nos cercam
por ti, meu amor,saberás
que caminho de sol a sol
pela escuridão desta terra
ela disse: - os teus segredos
são apaixonantes
estão cheios de labaredas por dentro
domingo, novembro 08, 2015
Anos 10
Quadro nº19
Um homem na paisagem
Tela,madeira tinta a óleo
33x27
Quadro nº 20
Um homem na paisagem
Tela,madeira tinta a óleo
33x27
Subscrever:
Mensagens (Atom)